Você tem dificuldade para falar em outro idioma?

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No Mundo Universitário de hoje, você vai ficar por dentro de dicas e orientações para quem tem aquele bloqueio na hora de aprender e falar fluente outro idioma. O professor Douglas Lemos, coordenador do Candido Mendes Idiomas, foi o convidado do programa Mundo Universitário para desmistificar essa dificuldade e falar sobre a importância, para a carreira profissional, de se falar outras línguas. Confira a entrevista completa!

Assista o vídeo na íntegra no fim do artigo.

Isabelle Bento – Por que tanta gente trava ou bloqueia na hora de falar outro idioma?

Douglas Lemos – O bloqueio é um reflexo do ambiente em sala de aula. É preciso que a sala de aula seja o espelho do uso da língua estrangeira no cotidiano. Da importância de se pensar uma metodologia de ensino adequada, que transmita ao aluno situações do cotidiano em que ele precisará usar o inglês, espanhol, para pedir um prato em um restaurante, pedir informações no aeroporto, para fazer uma compra em uma loja, enfim. É necessário que a sala de aula seja um reflexo do mundo fora da sala de aula.

Isabelle Bento – Quais são as dicas e orientações para quem tem bloqueio na hora de falar outra língua? O que essa pessoa pode fazer?

Douglas Lemos – Primeiro é necessário que ela lembre que aprendeu a língua materna, a língua portuguesa em um contexto de imersão. Ela ouvia muitas pessoas ao seu redor falando língua portuguesa. Então, quem escolhe estudar língua estrangeira precisa trazer o idioma para seu cotidiano. Precisa ouvir música em língua inglesa, precisa ver filme em língua espanhola, ainda que com legenda naquele próprio idioma. É necessário também não ter medo de errar. As pessoas vão para os cursinhos de línguas com aquele medo: o colega ao lado vai dar risada se eu falar, pronunciar errado, se eu não formar a frase corretamente. É necessário falar. Falo para meus alunos: é melhor que eu te corrija em sala de aula do que em Londres ou Paris, ou ainda em uma entrevista de emprego fale errado na hora “H”. Fale, ainda que errado, fale e deixa que o professor te corrija.

Isabelle Bento – Existe uma língua que é a mais difícil?

Douglas Lemos – A percepção do grau de dificuldade está no gosto do aluno, o quanto que ele se identifica com aquele idioma. Para algumas pessoas o inglês é mais difícil, para outras o espanhol é mais difícil. Vai muito do gosto daquele aluno, que cria uma relação até de carinho com o idioma. Vai também do quanto ele se dedica; traz com frequência na sua semana aquele idioma; o quanto ele lê, ouve e pratica no seu cotidiano.

Isabelle Bento – Nosso público é formado principalmente de universitários. Qual idioma é o mais importante para quem busca ascensão profissional? Por quê?

Douglas Lemos – É importante lembrar que o inglês é o que chamamos de língua franca. O mundo do século XXI se comunica em língua inglesa. Então, para processo seletivo, para conquistar aquele emprego dos seus sonhos é indispensável falar inglês. Em muitas companhias, ainda que no cotidiano o inglês não seja utilizado, no próprio processo seletivo já cobra nos filtros de candidatos. Para viajar pelo mundo, precisa falar inglês, entre outras coisas. Em relação, a qual idioma estudar em primeiro lugar, o inglês é indispensável. Por mais que alguns elejam o francês como mais bonito, chique, a sonoridade agradável do italiano. Mas o mundo fala inglês. Então, pensando tanto em mercado de trabalho como de turismo, tem que falar inglês. Levar o inglês ao nível, minimamente, do intermediário para o avançado. Depois que o domínio do inglês já estiver ok, aí sim é o momento de procurar uma segunda língua, que vai depender do que o aluno quer. Quer fazer um idioma para diplomacia, francês, pensa nas oportunidades com os países vizinhos, o espanhol, que ter um diferencial no mundo empresarial, o alemão.

Importante lembrar que aprender outro idioma demanda planejamento, tempo mínimo pra isso. É necessário que desenvolva as quatro habilidades linguísticas importantes, como a fala, escrita, compreensão e leitura. A vivência do idioma estrangeiro precisa dessas quatro habilidades. E que o aluno não acredite que ele vai fazer só um cursinho de conversação. Para conversar, ele precisa ter um repertório de vocabulário mínimo para isso. É necessário saber amarrar bem os vocábulos em uma frase e conhecer a gramática. Então, só um curso de conversação não resolve. É necessário preparar bem essas quatro habilidades pensando no mercado de trabalho, em uma viagem ou para onde a pessoa precisar do domínio de uma língua estrangeira.

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