Você sabe o que o profissional de Relações Internacionais faz?

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Se você ainda está em dúvida sobre qual carreira seguir, o Mundo Universitário apresenta para você a profissão de Relações Internacionais. E quem vai falar sobre a profissão é Douglas Lemos, professor e coordenador do Curso na Universidade Candido Mendes.

Isabelle Bento – O que faz esse profissional, quais as atividades que ele desempenha?

Douglas Lemos – A carreira de Relações Internacionais abre um leque enorme de opções. O internacionalista, como chamamos esse profissional, pode atuar desde a área diplomática, prestando concurso para a carreira de diplomata no Itamaraty; na área privada em comércio exterior, como analista de importação ou de exportação, analista de planejamento, de logística, no setor de imigração, como docente, em assessoria. Pode também trabalhar em órgãos públicos em ministérios que tenham pastas voltadas a questões internacionais. São várias as opções para esse profissional.

Isabelle Bento – Qual o cenário atual do mercado de trabalho para essa profissão, levando principalmente em consideração que temos o porto aqui na nossa região que está em franca expansão?

Douglas Lemos – Nós, enquanto Brasil, estamos nos recuperando de uma crise. E nesse momento, o profissional multifacetado é aqueles que as empresas têm interesse em contratar. O profissional que consegue realizar várias tarefas e que para empresa é financeiramente viável trabalhar com ele. Se pensarmos nas grandes multinacionais, voltadas à produção e extração de petróleo, esse é o profissional que detém conhecimentos de Contabilidade, de Direito, de Economia, de Marketing, entende um pouco de várias coisas, por isso é um profissional forte candidato para essas empresas ligadas a esse cenário.

Isabelle Bento – O profissional de Relações Internacionais se encaixa nesse perfil multitarefa?

Douglas Lemos – Sim. Nós estamos esse ano completando 100 de existência enquanto curso superior. Nascemos para estudar a guerra e hoje fazemos muito mais do que isso. Exatamente por ser um profissional que abre um leque de opções é preparado para isso. Nosso curso, na Candido Mendes Campos, em 2007 criou a primeira turma. Então já estamos há mais de uma década preparando profissionais para Região Norte Fluminense. Estamos entrando também no ensino a distância, então atenderemos um público maior que o Norte Fluminense. Porém com esse foco de comércio exterior, de preparar esse profissional em várias áreas, mas especialmente para práticas específicas de importação e exportação.

Isabelle Bento – Qual o diferencial do curso de RI da Candido Mendes?

Douglas Lemos – Nós temos uma matriz curricular bastante variada. Existem mais de 150 cursos de RI no país. E muitos deles se resumem a oferecer o mínimo que as diretrizes curriculares nacionais exigem. Não é a opção da Candido Mendes Campos. Nós temos cinco eixos, estruturados em Humanidades, Teoria e Metodologia; Relações Internacionais propriamente dita e Comércio Exterior; Ciências Jurídicas e Econômicas; e o que acredito ser o grande diferencial é o eixo de disciplinas de gerenciamento e gestão. Então, o aluno de RI também estuda noções de Marketing, Marketing Internacional, Logística Empresarial, Matemática Financeira, Contabilidade Introdutória. Várias disciplinas que abrem a cabeça desse profissional, pensando no ambiente empresarial.

Isabelle Bento – Aconteceu uma atividade recentemente, chamada Simulari, com os acadêmicos. Além dessa, quais as atividades que o aluno coloca em prática aquilo que aprendeu em sala de aula?

Douglas Lemos – O Simulari é um evento organizado pelos discentes. Isso é inédito. Essa pró-atividade em que o próprio aluno monta um evento. O Simularia, é como o nome sugere, uma simulação de Relações Internacionais. Os estudantes em duplas ou em trios formam delegações, que representam países, que discutiram ao longo de uma semana um tema. Nesta edição, nós simulamos uma reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas, com o tema “Crise na Venezuela”. É muito gostoso ver os alunos ao longo de uma semana argumentando, tomando posição quanto a um tema tão complexo como é o da Venezuela. E vemos na prática aquilo que eles estudaram ao longo de tanto tempo. E as disciplinas de Política Externa, Diplomacia, Teoria de Relações Internacionais, Técnica de Negociações sendo ali utilizadas na prática. Quando sobem ao púlpito, apresentam argumento do país que escolheram e estudaram por um semestre, como que aquele país vem se posicionando quanto ao tema. Então é um evento em que o aluno veste a camisa e mostra a que veio.

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